quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Grão de areia

Comecei a semana com a sensação de ignorância e pequenez, diante da vivência de outros, e de que há muito a aprender e a se fazer.
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Pergunta: As mistificações são um dos escolhos mais desagradáveis do Espiritismo prático; haveria um meio de se preservar delas?

Resposta: (...) “Os espíritos vêm vos instruir e vos guiar no caminho do bem, e não no das honrarias e da fortuna, ou para servir às vossas paixões mesquinhas. Se não lhes pedisse jamais nada de fútil ou que esteja fora das suas atribuições, não se daria nenhuma presa aos Espírios enganadores; de onde deveis concluir que aquele que é mistificado não tem senão o que merece.

O papel dos Espíritos não é o de vos esclarecer sobre as coisas desse mundo, mas o de vos guiar com segurança no que vos pode ser útil para o outro. Quando vos fala das coisas desse mundo, é porque julgam necessário, mas não o vosso pedido. Se vedes nos Espíritos os substitutos dos adivinhadores e dos feiticeiros, então é que sereis enganados.

Se os homens não tivessem senão que se dirigir aos Espíritos para tudo saber, não teriam seu livre arbítrio, e sairiam do caminhho traçado por Deus para a Humanidade. O homem deve agir por si mesmo; Deus não envia os Espíritos para lhe aplainar a rota material da vida, mas para preparar a do futuro.”

KARDEC, Allan. Livro dos médiuns. Das contradições e das mistificações. Boa Nova Editora, 2004.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Kiss wanted

É tempo de ousar.

domingo, 26 de setembro de 2010

Provas e expiações

Eu tento me preparar para reagir da melhor forma possível em certas situações, engolir sapos e ser cordial com quem é estúpido. Repito para mim mesma que devo conter a raiva – mas devo transformá-la em quê? O que eu faço com esses sentimentos que afloram e que irritam o meu ser? Também não consigo identificar o que fiz de errado...fiquei apenas com uma sensação de que poderia ter reagido de uma forma melhor, sem saber bem como.
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Não sei bem por que, tão frágil eu sempre me sinto no dia do meu aniversário...

sábado, 25 de setembro de 2010

Festival do Rio 2010

Muitos filmes pra ver e nenhum tempo ou dinheiro pra assistir =P

FOCO ARGENTINA
> A culpa é sua
> O que mais quero
> Quebra-cabeça

MIDNIGHT MOVIES
> No bosque
> Nossa vida exposta

PANORAMA DO CINEMA MUNDIAL
> Minhas mães e meu pai
> Poesia
> Sentimento de culpa
> A solidão dos números primos
> The Boonmee, que pode recordar suas vidas passadas
> Tudo que quiseres
> A última estação

PREMIÉRE BRASIL
> Homem centenário

CURTA HOR-CONCOURS
> Eu não quero voltar sozinho
> Ex isto

NOVOS RUMOS
> Aqui, doido varrido não vai para debaixo do tapete

PREMIÉRE LATINA
> A vida dos peixes

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Aff

De tempos em tempos, eu faço algo para em seguida acabar me reprovando. Sensação de estupidez por venerar certas coisas. Acho que estou precisando de umas férias de mim mesma.
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Beckett: I was just calling you.
Demming: What a coincidence, i was just coming to see you.
Castle: Wow, it´s like we are all on the same case.

[Castle 2x21 Den of Thieves]

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

1/4 de século

Primeiro pensei em reunir aqui as vinte cinco melhores postagens do último ano, no entanto, seriam muitos textos e nem eu mesma tive paciência para escolher. Resolvi escolher então 5 categorias com 5 itens cada, somando 25 interesses. Não quebrei a cabeça tentando colocar em ordem de preferência.

5 livros
Fahrenheit 451
A Maçã no Escuro
O Livro de Areia
Sidarta
Viagem no Espelho (poesia)


5 filmes

O Pequeno Nicolau
Laranja Mecânica
On a Clear Day You Can See Forever
Nosso Lar
Dan in Real Life

5 professores
Hélio Carvalho [Teoria da Arte]
Cláudio Oliveira [Filosofia]
Paula Sibília [Programação de Realidade]
Luis Carlos Lopes [Teoria da Argumentação]
Alfredo Sotto [Física no pré-vestibular]


5 dias deste último ano (2009-2010)
5/10/09
30/11/09
14/03/10

5 personalidades
Jorge Luis Borges
Clarice Lispector
Julio Cortázar
Platão
Herman Hesse

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Presente

Protejam-se da chuva de canivetes, Débora foi dormir cedo hoje! Ela realmente tem me surpreendido esses dias; jogamos xadrez ontem e hoje estudamos inglês, sem nenhuma reclamação. Graças à maturidade!
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Tem alguma coisa importante amanhã? Acho que não...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Uma única nuvem branca

“(...) Cada qual se sentia hipnotizado pelo o que presenciava, aguçando assim os seus sentidos: o gosto de algodão-doce na boca, a sensação de fofura, paz e tranqüilidade. A alvura proporcionava possibilidades; como recomeçar do zero, sem passado e sem fracassos. Os três experimentavam uma respiração lenta e profunda, fazendo os problemas do dia-a-dia sumirem subitamente dando lugar a um vazio que logo foi preenchido por uma sensação de satisfação e esperança.

Em meio ao alvoroço do fim de tarde que é o Largo da Carioca – do movimento intenso, do trânsito, das buzinas e dos comerciantes gritando suas mercadorias – aqueles três indivíduos tinham sido tocados pela natureza, contemplavam algo tão comum, mas que se fez incomum aos seus olhos, atingindo-os de forma simples, porque eles estavam ainda dispostos a se maravilhar com aquilo que não foi criado pelo homem. O barulho era agora silêncio, ouviam os pássaros cantando nas árvores que povoavam o Largo, sentiam o ar fresco, apesar da poluição concentrada ali.

E como se estivesse de passagem, aquele algodão alvo foi se dissipando, dando fim ao transe tríplice. O executivo olhou para o seu relógio de pulso constatando que tinha ficado parado ali por um minuto, e com a sensação de uma vida inteira. O padre e a menina se entreolharam como se dividissem um segredo e sorriram. Ele respirou fundo e rumou de volta à Igreja, mais disposto a enfrentar suas dúvidas e preocupações.

A menina ficou ainda ali parada um tempo, voltou-se para as árvores e caminhou procurando realmente sentir cada passo que dava. Ao chegar à árvore escolhida respirou profundamente, sentindo-se conectar com a natureza a cada respiração. Finalmente tocou o tronco, primeiro com uma mão e depois com as duas, e fechou os olhos. Uma energia sem igual a atingiu, suas pernas bambearam e, emocionada, chorou.”

Ontem o Globo divulgou os 10 finalistas do Concurso Conto do Rio 2010. Eu tinha mandado um, mas claramente, não foi selecionado. Este é um trecho, quase o conto todo na verdade rs

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Recuperação

"(...) Até hoje tudo que vira fora para não ver, tudo que fizera fora para não fazer, tudo o que sentira fora para não sentir. Hoje, que se rebentassem seus olhos, mas eles veriam. (...) Poucas pessoas teriam tido a oportunidade de reconstruir em seus próprios termos a existência. (...) O que também lhe valeu é que, tendo se habituado ao fato de não ser brilhante, pensou que mais uma vez a dificuldade era apenas sua; de modo que se esforçou."

LISPECTOR, Clarice. A maçã no escuro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978 (5ª. edição).

Livro realmente genial.
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Os dias vêm melhorando aos poucos. *Criança é tudo de bom!*
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Nota mental: nunca subestime um encontro com velhos amigos, eles podem surpreender você! E era bem o que eu precisava =)
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“Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que sentem à sua aproximação. Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o mal-estar, em uma palavra, são sempre indícios da natureza má dos Espíritos que se manifestam?

Resposta: O médium experimenta as sensações do estado no qual se encontra o Espírito que vem a ele. Quando o espírito é feliz, é tranqüilo, leve, sério; quando é infeliz, é agitado, febril, e essa agitação se transmite, naturalmente, ao sistema nervoso do médium. De resto, assim é o homem sobre a Terra: o que é bom é calmo e tranqüilo; o que á mau é, sem cessar, agitado.”

KARDEC, Allan. Livro dos médiuns. Identidade dos Espíritos. Boa Nova Editora, 2004.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Últimos dias

Sabe aquela sensação de que você está prestes a descobrir alguma coisa, algo que vai fazer você mudar? Tenho sentido isso nos últimos dias, mas quando eu acho que estou quase chegando a alguma conclusão, algo acontece e desloca o meu foco.

Esta última semana foi uma loucura, e eu não consigo evitar de sentir-me como o coelho de Lewis Carroll, sempre atrasado. Somente ontem, consegui começar a viver novamente, depois de 10 horas de provas, e várias outras de deslocamentos. Provas de paciência e resistência também, depois de ter perdido minha identidade (civil). O resultado do MPU deve sair no início de outubro; eu já sei que passei, mas classificar é outra história. Largo isso de mão agora, não há mais nada a ser feito.

E foi justamente no deslocamento até Campo Grande para fazer uma das provas que nasceu uma consciência em mim, na verdade uma dúvida, algo que estou tentando organizar para tentar entender, mas ainda está tudo muito cru, só posso adiantar e escrever aqui (até para não esquecer de pensar sobre o assunto) a palavra sociabilidade. Clarice também tem me inspirado nesses questionamentos, mas me falta ócio para digeri-los.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Lispector e Kardec

"(...)Também ele, montado no cavalo, com o ar apreensivo de quem pode errar, estava atentamente procurando copiar para a realidade o ser que ele era, e nesse parto estava se fazendo a sua vida. E a coisa se fez de um modo tão impossível – que na impossibilidade estava a dura garra da beleza. São momentos que não se narram, acontecem entre trens que passam ou no ar que desperta nosso rosto e nos dá o nosso final tamanho, e então por um instante somos a quarta dimensão do que existe, são momentos que não contam. (...) Queria tanto ser bom que de novo sentiu uma espécie de impotência.”

"(...) Mas Ermelinda bem sabia que ainda era cedo para deixar de mentir e deixar de encantá-lo. Sabia que era cedo para se mostrar a ele, e que poderia afugentá-lo se fosse verdadeira, as pessoas tinham tanto medo da verdade dos outros. Só por meios indiretos conseguiria. A idéia de que, se não o divertisse, ela o afugentaria, apavorava-a: logo agora que já ganhara tanto terreno a ponto de conseguir que ele a ouvisse, mesmo que não a olhasse!(...) Ocorreu-lhe que, ao falar com ele, poderia sem querer deixar escapar o que ela era, e o homem então perceberia quanto ela precisava dele, e por isso não a quereria mais, como acontece com as pessoas. (...) Era um labor de infinita cautela, onde um passo a mais e o homem jamais a amaria, onde um passo a mais e ela mesma talvez deixasse de amá-lo: ela protegia ambos contra o erro. E às vezes mais parecia proteger ambos contra a verdade.”

LISPECTOR, Clarice. A maçã no escuro. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978 (5ª. edição).
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“As qualidades que atraem, de preferência, os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam, são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se prende à matéria.”

KARDEC, Allan. Livro dos médiuns. A influência moral do médium. Boa Nova Editora, 2004.

domingo, 12 de setembro de 2010

Pollyanna vibe

Vamos ao lado positivo de se perder a sua carteira de identidade:
* Pelo menos perdi hoje e não ontem, o problema seria maior;
* Minha foto vai mudar;
* Nada de pânico, a carteira de motorista vale como identificação, mesmo fora da validade;
* Pelo menos eu percebi agora e não quando eu fosse precisar;
* Pelo menos eu sei aonde perdi;
* A esperança é a última que morre.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

E as coisas vão se encaixando...

Tem dias que eu acordo com uma sensação de felicidade, mesmo sem lembrar sonho algum, algo que nunca senti vivendo. Assim que acordo, eu agradeço a Deus pela concessão.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Esgotamento

“Já nem lembrava a última vez que tinha se olhado nos olhos, trabalhava incessantemente, nem estava comendo em casa mais, apenas tomava banho e dormia em sua cama. Até aquele momento. O seu corpo foi tomando conciência, o cansaço foi passando de célula a célula. Parada, no meio do banheiro, respirava profundamente, como se o ar faltasse, parecia respirar pelos olhos. Era tanta energia que fecharam-se, sua cabeça pendia para frente, e o corpo começava acompanhar o movimento, como de uma árvore prestes a tombar. Abriu os olhos, e nem tinha forças para surpreender-se com a sua cor vermelha. Mirou-se no espelho, tentando reconhecer-se; a respiração forçou-a a fechar os olhos novamente, e dessa vez, fez um movimento brusco com o braço, tentando encontrar algo em que se apoiar...agora ela encontrava-se no chão. No dia seguinte, acordou, levantou-se do chão, trocou de roupa e foi trabalhar.”

sábado, 4 de setembro de 2010

Chá?

Não fui por caminhos antes planejados, estaria eu encontrando o destino? Estaria eu encontrando a Clarissa certa? Os personagens de Lewis Carroll são apaixonantes!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Resquícios de ontem

"Olhos fechados deitados na cama. A massa encefálica inchada a expandir. Ouvidos feridos pelos passos, movimentos, a luz que machuca. O corpo pesado, sem comida no estômago, mas pesado de quê? Vontade de ferir, fazer o mal, para se libertar. O estômago ronca, os olhos, fechados ainda, a cabeça pesada, o cenário não deixa escolhas, seu corpo não mais lhe pertence, é boneco cheio de dor. A respiração engana, o grito está preso. Não há mais homem ali, há bicho, há instinto, há um instrumento de destruição".
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Enquanto os homens se veem às voltas com um possível problema na próstata, nós, mulheres, enfrentamos mensalmente a debilitante condição feminina. Você acharia que nós nos acostumaríamos com algo tão certo e constante, mas é sempre uma dor de cabeça.
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Mood de ontem: improdutiva e feroz.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Adeus dia de hoje

Este dia de hoje estava fadado a ser ruim. Comecei mal quando fui para aula à toa, tinha aula de tarde, mas valia voltar para casa e estudar do que ficar lá, pensando no que eu poderia estar adiantando, tendo uma aula sem muita importância à tarde.

Para tentar fazer valer o dia, consegui chegar na palestra do Centro Espírita...mas o dia não rendeu o que rendia uma semana atrás, por exemplo. Esse evento me desestabilizou e ainda tive uma surpresa desagradável no final da tarde.

Ai, vontade de sumir. Ainda bem que amanhã é um novo dia.